segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vinícius de Moraes - A História de um Poeta

    Se tivesse vivo, ele completaria 100 anos. Viva, Vinícius de Moraes, o nosso grande "Poetinha"!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

LANÇAMENTO DA COLETÂNEA

                                             Eu, Tânia Regina, e  minha aluna Luciene Chagas.

                
              Esse foi um dos momentos vividos no dia 12 de junho. Que venham outros para cada vez mais enaltecer o valor de cada um dos estudantes que participa dessa oficina. Um grande abraço para vocês!

A Crônica.



 A crônica que terão o prazer de ler agora pertence à aluna Catarina.




                                                              O ensinamento
                               Catarina Fabiana Santos da Paixão



Jeniffer morava com os pais, em uma casa perfeita, mas tinha uma amiga que não teve a mesma sorte: era desfavorecida socialmente. Ela não tinha preconceito, igual a seus pais.

Teve um dia que eles foram comprar mais um carro, porém e Jeniffer, preocupada com sua amiga, disse assim:

__ Meus pais, ajudem minha amiga, ela está precisando de vários livros para estudar. Eu não gostaria de estar na pele dela.

__ Eu tenho obrigação apenas com você e não com estranhos. Se eu for ajudar todo mundo, ficaremos pobres! Minha filha, cada dinheiro que temos é pra viajar, pagar sua escola, comprar outra casa pra quando você tiver adulta, você não se preocupar com nada.

__Mas, meu pai, o senhor precisa saber que tem muitas pessoas querendo que alguém lhes dê a mão. Hoje é o dia da caça, amanhã poderá ser do caçador! Já pensou nisso?

__Você está me jogando praga?

__Só estou querendo dividir um pouco.

__Acho que é melhor ouvir você para não me arrepender depois.

__Eu sabia que convenceria o senhor!

__Mas só dessa vez!



           





segunda-feira, 17 de junho de 2013

O dia 12 de junho no NICC


       Como previamos aconteceu: o lançamento da Coletânea de Contos, Crônicas e Fábulas foi singelo, mas, por outro lado, de muito enriquecedor! Leia o que Lucas, um dos alunos, escreveu sobre esse momento:


   "O lançamento do livro de Coletânea sobre: crônicas, contos e fábulas foi uma realização muito importante, tanto para quem organizou o evento quanto para as pessoas que criaram seus textos.

A ideia geral desse projeto era mostrar para as pessoas a importância da leitura, e a criação dos tipos de textos citados acima.

Que proveitos podemos retirar desse acontecimento histórico que a nossa instituição realizou? O principal foi mostrar a importância da leitura, a realização de crônicas, contos, e fábulas, como forma de reflexão para todos os tipos de leitores, da idade infantil à terceira idade."

                                                                                  Em: 17/06/13. Lucas dos Santos Boa Morte


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Para você refletir

                               

Doze de junho: uma data especial.


        Doze de junho: Dia dos Namorados, mas também, será o lançamento da Coletânea de Contos, Crônicas e Fábulas, no NICC. E, você, é claro, não irá perder. Participe! Venha homenagear os nossos alunos-escritores.
        Sua presença é indispensável!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Para você apreciar



   Olá!  Continuo desenvolvendo meu trabalho com alunos e priorizando a crônica para desenvolver a criticidade, a associação de ideias, dentre outros aspectos.Certamente, você já conhece a crônica  O homem nu. Caso não, aqui está para que você  possa divertir-se, mas também, é claro, refletir um pouco sobre uma das temáticas sociais , a falta de compromisso do cidadão, que, com perspicácia, Fernando Sabino soube abordar.



O Homem Nu
Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.

Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:

— Maria, por favor! Sou eu!

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso.

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão.
Fernando Sabino